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segunda-feira, janeiro 26, 2004

PESSOAL QUE É FÃ DA BANDA!!!

ESSE AVISO É PRA VCS:

Estamos criando um concurso de poesias... quem quiser participar, mande
um poema em nosso livro de visitas! (Mínimo de 800 caracteres)

O prêmio vai ser uma tarde com o Deny na biblioteca!!

Ass: Anti- Quebradeira!

É a segunda vez, ao ver filmes nestes últimos meses, q me bate uma vontade de recomeçar a vida num lugar bem distante, como o oriente.

A cena de uma senhora ensinando uma ocidental a fazer arranjos com flores resume bem a tolerância do oriental. Do amor e da dedicação às pequenas ternuras da vida...
(Encontros e Desencontros - Lost in Translation, 2003)

Ou o amor silencioso, as metáforas de paixão que nos dão um tapa na cara, como Dolls do Kitano Takeshi (num sei qual é o sobrenome-rss).

Ah, esse final de semana foi bem "freak" tb: teve casamento ordinário, passeio de mercedez, festa trocada por hot dog com as amigas, Eródoto dando uma de leigo nas estatísticas de SP, Marta Suplicy contrariando às aulas de etiqueta e dando uma de macaca de auditório e engasgos dentro do cinema-rs

E dizer q minha vida é pacata!


Puxa, q duro o exercício da escrita! E só dedico tempo a este espaço, qdo meus olhos não conseguem nem sequer ficar entreabertos! Quem dirá qqer vestígio de criatividade!
Nestes dias, andei fazendo uma auto-releitura através do q ouço de velhos amigos, ex-chefes, cartas, parentes...
Não sei qual o motivo de manter-me distante daqueles q amo. Perco-os aos poucos e estranho qdo deixo de ser importante em suas vidas.

Essa vida de cigana médio-burguesa!

O único motivo de lamentação é a consciência dos fatos!
Puxa, preciso passar as coisas à limpo, urgentemente!
A Maçã no Escuro
Clarisse Lispector

- Você está consciente, meu filho, do que está fazendo?
- Estou, sim, meu pai.
- Você está consciente de que, com a esperança, você nunca mais terá repouso, meu filho?
- Estou sim, meu pai.
- Você está consciente de que, com a esperança, você perderá todas as outras armas, meu filho?
- Estou sim, meu pai.
- E que sem o cinismo você estará nu?
- Estou sim, meu pai.
- Você sabe que esperança é também aceitar não acreditar, meu filho?
- Sei sim, meu pai.
- Você está consciente de que acreditar é tão pesado a carregar como uma maldição de mãe?
- Estou sim, meu pai.
- Você sabe que o nosso semelhante é uma porcaria?
- Sei sim, meu pai.
- E você sabe que você também é uma porcaria?
- Sei sim, meu pai.
- Mas você sabe que não me refiro à baixeza que tanto nos atrai e que admiramos e desejamos, mas sim ao fato de que o nosso semelhante, além do mais, é muito chato?
- Sei sim, meu pai.
- Você sabe que esperança consiste às vezes apenas numa pergunta sem resposta?
- Sei sim, meu pai.
- Você sabe que no fundo tudo isso não passa de amor? Do grande amor?
- Sei sim, meu pai.
- Mas você sabe que a pessoa pode encalhar numa palavra e perder anos de vida? E que esperança pode se tornar palavra, dogma e sem vergonhice? Você está pronto para saber que olhadas de perto as coisas não têm forma e que olhadas de longe as coisas não são vistas? E que para cada coisa só há um instante? E que não é fácil viver apenas da lembrança de um instante?
- Esse instante...
- Cale a boca. Você sabe qual é o músculo da vida? Se você disser que sabe, você está ruim; se você disser que não sabe, você está ruim... (o pai estava começando a descarrilhar).
- Não sei, respondeu sem convicção, mas porque sabia que esta é a resposta que se deve dar.
- Você tem "descortinado" muito ultimamente, meu filho?
- Tenho, pai, disse contrafeito com a intrusão de intimidade, toda vez que o pai quisera "compreendê-lo", deixara-o constrangido.
- Como vão suas relações sexuais, meu filho?
- Muito bem, respondeu com vontade de mandar o pai para o inferno de onde o tirara.
- Você sabe que o amor é cego, que quem ama o feio bonito lhe parece, e que seria do amarelo se não fosse o bom gosto? E que em casa de ferreiro espeto de pau, e quem não tem cão caça com gato, e bola não erra? Disse o pai descarrilhando um pouco mais, não faltava muito para começar a contar o que fazia com mulheres antes naturalmente de ser casado com tua mãe. Você sabe que esperança é duro combate que aos fracos abate, e aos fortes, etc.?
- Sei sim, meu pai.
- Meu filho. Você está consciente de que de agora em diante, para onde você vá, será perseguido pela esperança?
- Estou sim, meu pai.
- Você está disposto a aceitar o duro peso da alegria?
- Estou sim, meu pai.
- Mas meu filho! Você sabe que é quase impossível?
- Sei sim, meu pai.
- Você ao menos sabe que a esperança é o grande absurdo, meu filho?
- Sei sim, meu pai.
- Você sabe que há que ser adulto para ter esperança!!!
- Sei, sei, sei!
- Então vai, meu filho. Ordeno-te que sofras a esperança.
Mas já na primeira nostalgia, a última como antes de nunca mais, Martim gritou pelo amparo:
- Que luz é essa, papai? Gritou lá solitário na esperança, andando de quatro para fazer seu pai rir, fazendo uma perguntinha bem antiga e tola contanto que adiasse o momento de assumir o mundo. Que luz é essa, papaizinho? perguntou gaiato, com o coração batendo de solidão.
O pai hesitou severo e triste no seu túmulo.
- É a do fim do dia, disse apenas por piedade.
(...)
- Vamos, disse então, aproximando-se incerto dos quatro homens pequenos e confusos. Vamos, disse. Porque eles deviam saber o que faziam. Eles certamente sabiam o que faziam. Em nome de Deus, eu vos ordeno que estejais certos. Porque toda uma carga preciosa e podre estava entregue nas mãos deles, uma carga a jogar no mar, e muito mais pesada também, e a coisa não era simples: porque essa carga de culpa devia ser jogada com misericórdia também. Porque afinal não somos tão culpados, somos mais estúpidos do que culpados. Com misericórdia também, pois. Em nome de Deus, espero que vocês saibam o que estão fazendo. Porque eu, meu filho, eu só tenho fome. E esse modo instável de pegar no escuro uma maçã - sem que ela caia.


sábado, janeiro 10, 2004

O Falso, mas Pequeno Príncipe

Tudo começou num sonho...
E acabou qdo acordei atrasada para o...

Em homenagem à garota da quebradeira:

Hoje ela acordou assim, meio Marilyn Monroe... Com um tremendo vazio e lúcida dos anos que perdeu com subhomens, pensou: "Amanhã, quero uma festa da uva! Assim, antecipada!"

E tomou três 46.

Teve medo de dormir! Havia perdido totalmente o controle.

domingo, janeiro 04, 2004

Cheguei seca para escrever sobre um amigo e tentar retribuir um pouco das coisas que tentou me mostrar e que não estavam claras.
Vou usar este espaço para dedicar e compartilhar de um momento e de uma sensação ao ler algo que chegasse muito próximo do que o amor representa para mim e para esses amigos que agonizam, amam e "sabem o que vale à pena" e têm a certeza de que são a eles a quem me refiro:

"Ah, Anselmo, não dará certo. Vê, és feito de tal modo que sempre arranjas novas rugas para a tua testa (...) o que penso e sou, amas e achas bonito, mas para ti e para a maioria trata-se apenas de um fino brinquedo. Ah, ouve-me bem: tudo que para ti agora é um brinquedo é minha própria vida, e tudo a que dedicas tempo e preocupação é para mim um brinquedo, não há valor para mim em que se viva por isso. Não me modificarei, Anselmo, pois vivo segundo uma lei que está em mim. Poderás tu te modificar? E precisarias ser completamente diferente, para que eu pudesse ser tua esposa." Hermann Hesse - Contos - Íris
Um palhaço, especial como todos

Final de tarde, (peraí, já termino)