Seguidores

quinta-feira, junho 30, 2016

Reativando! I'm back friends!

sexta-feira, agosto 02, 2013

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Retomando a essência

E sim, que às vezes a gente se corrompe por um pouco de amizade e de amor. Mas há sentimentos e notas, que é preciso estar afinado para que vibrem.

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Pai

Felizmente, ou infelizmente, desde pequena eu tenho a referência de um pai generoso, um homem que através de gestos, demonstra que ser forte, não significa ser bruto; que falava pouco, mas que raspava maçã e dava aos filhos como forma de carinho. Eu ainda não consegui entender, por que, daquele tempo pra cá, os homens transformaram-se externamente em bombas, mas deixaram cair em desuso, a tão viril e masculina... gentileza.

segunda-feira, agosto 20, 2012

Curtindo um vazio

...

falta de um terapeuta

Nossa, mais uma daquelas noites que bate no relogio 1h23 e eu estou aqui, pensando, oque foi que deu errado.Esa falta de vontade de conversar, as vezes o desabafo tem que vir atraves de blog... Eh isso, pior que nao ter um bom terapeuta eh ter que escrever um blog usando esse teclado infantil de um tablete, sabe, aquela sensacao de que estou jogando tetris ou tirando pedido como os vendedores de coca, nao eh nada inspirador.

terça-feira, maio 15, 2012

Retrospectiva

O passado é a marca branca da Aizhi

quarta-feira, julho 21, 2010

The lime revenge... muito instrutivo, gostei!

How to make a caipirinha cocktail
by Abelha Cachaca

http://vimeo.com/2408882

domingo, julho 18, 2010

Saindo do estado de coma...

Sim, assim, sem porquês...de 2007 para os 29 de sopetão!
É isso, tempo de refletir, épocas de só sentir, e de repente,
pimba: a gente acorda daquele estado inerte e refaz a nossa história
em questão de dias. Quero vocês de volta e notícias dos meus amigos, que apesar da distância física, nunca estiveram fora de mim.

terça-feira, dezembro 04, 2007

O Amor e a Cumplicidade

A Cumplicidade resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa. Todos os convidados foram.
Após o café, a Cumplicidade propôs:
-Vamos brincar de esconde-esconde?
-Esconde-esconde? O que é isso? - perguntou a Curiosidade.
-Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês se escondem. Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.
-1,2,3,... - a Cumplicidade começou a contar.
A Pressa escondeu-se primeiro, em um lugar qualquer. A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A Alegria correu para o meio do jardim. Já a Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder. O Orgulho acompanhou a Vaidade e se escondeu perto dela debaixo de uma pedra.
A Cumplicidade continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo. O Desespero ficou desesperado ao ver que a Cumplicidade já estava no noventa e nove.
-CEM! - gritou a Cumplicidade. - Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não aguentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Cumplicidade viu a Indecisão em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou:
- Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto. A Cumplicidade começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer.
Procurando por todos os lados, a Cumplicidade viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurá-lo no meio dos galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o Amor, gritando por ter furado os olhos com espinhos.
A Cumplicidade não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu seguí-lo para sempre.
O Amor aceitou as desculpas.
Hoje, o Amor é cego e a Cumplicidade o acompanha sempre.

quarta-feira, maio 16, 2007

Por uma vida mais Zen

Todas as pessoas acham que têm razão naquilo que acreditam.
Todos passam por experiências diferentes, alguns se arriscam mais, outros escolhem saborear um pouco menos, em situações seguras. Mas nenhum de nós tem o controle.
Se o objetivo de todas as coisas, do suícidio à felicidade plena é a liberdade, por que ainda achamos que manter tudo ao nosso alcance seria uma forma de não nos machucar?
Pensamentos e atitudes são senhores de palavras e promessas. O tempo de cada um é diferente, mas é muito difícil termos um ponto de partida que não seja o nosso, já que o outro é sempre o abismo do desconhecido. O que deveria nos causar interesse e excitação ao explorar, hoje só nos causa medo e desespero.
Nada mais gostoso do que o desconhecido. O acaso. A espontaneidade. Porém, a ansiedade e a insatisfação do homem não o deixam sentir prazer no escuro.
Esvaziar-se é a forma de se libertar das convenções sociais e estar pronto para uma nova experiência. Responsabilidade e amor caminham juntos neste novo universo.
Um Ser que se aproxima de outro sem amor, só chega até onde o outro permite entrar, o que geralmente é muito pouco para se sentir algo, tatear superfícies planas não deveria ser aceito, nem dado por ninguém.
É necessário conhecer a mim, para conhecer você, para que me apresente o outro através dos seus olhos e assim poder ter uma pequena amostra do que a humanidade tem de mais verdadeiro. Entender algumas coisas e aceitá-las não significa necessariamente permanecer no mesmo lugar.
Desejo guiar cegos que gargalhem, porque em mim confiarão. De ensinar e aprender a amar sem a menor sombra de desconfiança. Sei que para isso, terei que caminhar anos na estrada da transformação de mim mesma para, enfim, aceitar o outro e o que de melhor ele poderá me mostrar. Quero ter o meu tesouro guardado, para assim, compartilhar das minhas experiências e conquistar a permissão de entrar no universo dos que se sentirão seguros ao ver que as palavras serão reflexo do que já transbordará em gestos, atitudes e demonstrações não-verbais de amor puro e gratuito.

quinta-feira, março 22, 2007

No escuro

Música, palavras, cheiros antigos, gosto insaciável.
Notícias do ano passado, foto feliz, cadeado aberto.
Qualquer calor, carícia, consolo, amparo.
Somos sangue, derramado, frio ou requentado.
Leite seco, falta água, sobra gelo.
Dedos, sensações, arrepios, solidão.
Vem. Chega. Enough. Começa.
Desejo de quente, alicerce, companheiro.
Tudo está. Nada é, até lá.
Seco, fervente, cremoso.
A maciez em estado puro.
Olhos que brilham e que chamam.
Já tarde e pra sempre.
Segure a minha mão.

quarta-feira, setembro 27, 2006

O romântico é um mascarado em promoção?

Estamos usando o romantismo para esconder nossos mais secretos defeitos?

Como uma pequena neblina da realidade, uma distorção da imagem refletida, um erro refracional?
De propósito evitamos olhar para a nossa vida e a entregamos no colo do misticismo ou o cotidiano só sobrevive com essa "vista grossa" a qual chamamos de "encantamento"?

O amor foi pêgo pelo capitalismo, assim, de de jeito?
Há algum relacionamento que não leve o menor conceito de lucro, investimento, troca? Praticamente sem um ROI (return of investiment), um FIFO (first in, first out) ou tudo se resume a pouca demanda e muita procura?
Será que todos os relacionamentos se transformaram em um negócio? "Traz o seu negócio e junta ao meu negócio." Z. B.

Mas... se o amor se tranformou em business, por que o romantismo ainda sobrevive? Seria ele um desconto? Uma prateleira de liquidações de palavras com pequenos defeitos, um saldão de sapatos sem pares?

Voltaremos ao assunto... em breve! Nos melhores estabelecimentos.

sábado, setembro 02, 2006

A vaidade - ao contrário do tempo - é o que destrói tudo

Bons foram os tempos em que um só nome causava brilho no olhar. Boca seca de tanta admiração.
A bailarina sufocada dentro da caixa de vaidades, já não dança no meio de tantos guardanapos assinados e amanhecidos.
Uns chamam isso de falta de consciência, outros de cicatriz gratuita para um falso amor mal curado.
O romantismo morreu, porque chega uma hora que a realidade deve ser posta a teste: toda aquela cumplicidade e ternura ficaram guardadas na espuma do travesseiro!
A prisão no último andar do castelo inflama o ego da platéia senil, cheia de clichês.
Não devia ser pedido para que se fizesse número ao que já não se tem cuidado, muito menos "sentido".

quarta-feira, agosto 09, 2006

A Paixão é a Cegonha Vil do Amor

O Amor chega, quando a Paixao abandona.

Sempre é bom falar do amor. Por amor, in amor, by amor.

Amor é substantivo que combina com todas as preposições, cria contextos de forma natural. Ao amor, Ante o amor, Após a paixão, Até que se descubra seu verdadeiro significado, Com dor ou não, Contra todas as coerências teóricas, Desde Que apenas sentido, Entre duas ou mais pessoas, Para o outro, Pra dentro de si mesmo, Perante todas as circunstâncias, Sem pudores, Sob algo que não se tem controle, Sobre todos os temas relacionados a ele, Trás contigo e verás que devassa ele te fará.

Por ou pelo, o amor tem a característica de uma elípse, aquele sentimento desperto e todo misturado que nos bloqueia. Sai torto e desengonçado, falta tradução, recalca, omite. A comunicação não-verbal é o primeiro passo da sua manifestação. Não sai, não adianta. Por mais que se tente transformar essa angústia em palavras, ditas, não representarão nem a sobra da palavra procurada, na tentativa de um rótulo ou definição.

No máximo vem um anacoluto, um texto que não se conclui, um sorriso amarelo, metade de uma frase que termina em "deixa pra lá."

Coitadas das hipérboles e dos pleonasmos tão rústicos, tão espontâneos e impulsivos.

O amor unido à admiração nos traz aliteração, repetimos, repetimos para nós e para os outros tudo o que se vê de maior, no outro ou no efeito de nós mesmo, nele.
Amor discreto ou proibido vem cheio de silepses. Que o outro entenda, se esforce, porque só o locutor sabe o que sente.

O amor ocidental é assíndeto, porque ao invés de E, ele é o preferido das antíteses. Dicotômicos e excludentes, as relações se fazem pelo OU.

Agora falemos de amar.... sem preposições e sem figuras de linguagem...

O Amor é broxante, mesmo.
A maioria das pessoas procura a Paixão.

A Paixão não parece mais do que uma necessidade egocêntrica de ilusão sem abstração. Um espelho raso, um bate-e-volta sempre distorcido e insuficiente. A experimentação de si mesmo, um rascunho exigente e impossível, proposital daqueles que não querem se envolver, ter um vínculo amoroso real.

Amar não tem a ver com desespero, desconsolo, desamparo. Para amar é preciso preparação, amadurecimento... e serenidade... e tolerância... e equilíbrio.

Sofremos quando olhamos para nós, dentro da relação, sobre as nossas necessidades e faltas (não-expressas para o outro). O que esperamos e não pedimos, não demonstramos, não permitimos, mas intimamente queremos.

Deveríamos ficar êxtasiados quando olhássemos para as sensações saciadas do outro. Para as surpresas, a alegria natural decorrente de nossas ações.

O Amor entra com tudo quando a vaidade nos abre uma frestinha para a felicidade do outro, e assim, temos o reconhecimento de nossa sensibilidade e esforço para isso.

A Paixão é vaidosa. Impiedosa e não sente culpa. Ela não se conforma com nenhuma demonstração de afeto que não esteja diretamente ligada a ela.

O Amor é generoso, paciente, potente, mas com fama de passivo. Ele tenta ser amigo da Paixão, mas ela dedica toda o seu tempo útil, sua vida inteira, a destruí-lo, fazer sangrar; até a sua morte - ou a sua fuga - ele a observa, anota, aconselha. Não tem pressa para agir. Vai preparando o colo, o ombro amigo para o vitimado daquela amiga tão sedutora, insegura e inexperiente.

Ela corre, sai batendo as portas, larga tudo pelo meio, desiste e fala mal. Não assume sua culpa e deprecia tudo o que falsamente elogiava. Ela carrega seu espelho e leva emprestada a auto-estima já gasta do outro. Não se importa de carregar lataria velha, vende para qualquer ferro velho, queima, afoga. E procura um novo bife suculento, cru e sem tempero para atrair.

Aí que nasce e chega o Amor. Sem pretensão, limpo e fresco. Força a faxina, a reforma dos cômodos e põe cor no ambiente fúnebre, empoeirado, sangrento. Apanha muito, sofre discriminação e forte desconfiança por suas intenções. É comparado, castrado, reprimido, humilhado. Mas fica ali, seguro e persistente porque sabe que a única coisa a fazer é se apresentar, crescer, libertar e ser livre.

sexta-feira, julho 28, 2006

Além da girafa, a filosofia tb é recalcada

6. O lugar da mulher na filosofia é um dos seus focos de interesse e abordagem. Como isso nasceu e por que?
Acho uma grande questão, mas principalmente por que ela revela outras grandes questões recalcadas na história da filosofia e que envolvem temas antropológicos, metafísicos e políticos, assim como a loucura, a arte, o corpo, a miséria. As mulheres sempre ficaram de fora da discussão política e filosófica e isso tem relação com uma divisão social na qual desde muito cedo se sabe que o saber é poder...

Fonte: Entrevista Jornal Pioneiro -A Mulher na Filosofia - 16 e 17 de abril de 2005.
Marcia Tiburi

terça-feira, julho 18, 2006

Sob Nova Direção

Oi, faz tempo que não passo por aqui... desculpem-me.
Acho que agora posso voltar a escrever, talvez de uma maneira mais madura, sem tantos erros gramaticais também-rs.

Eu achava que era preciso muito amor ou muita dor para o nascimento de bons textos, mas talvez consiga usar da "justa-medida" para compartilhar aqui, minhas novas experiências e percepções. Acho que estou pronta para um diálogo e não mais estar concentrada em um muro de lamentações.

Recomeçar... Pela 26ª vez! (para os chineses, a gestação é contada como 01 ano).

Beijos

Sua,

Iris

quarta-feira, novembro 02, 2005

Something like Happiness



A Felicidade está completamente ligada às decisões que tomamos.
Ser indeciso é chegar na festa depois de cantado o parabéns, estar indeciso é sinal de que já não nos basta. Bastante também é algo questionável, porque ser suficiente pode ser o cômodo de algum dos lados.
Nós fizemos todas as escolhas, hoje somos frutos dos próprios erros e acertos.
Para se viver de forma plena uma situação, é necessário renunciar de todas as outras.
"Como os pombos no asfalto, eles sabem voar alto...mas insistem em catar as migalhas no chão." (Z. Baleiro)
Hoje descobri que a felicidade é um pouco triste. Era esse o equívoco. A alegria vem no momento de descontração. A felicidade está ligada às nossas certezas, a nossa segurança.
Precisamos de propósitos. De osmose para fagocitose sem pestanejar.
E é preciso estar certo das escolhas, mesmo não tendo a certeza de nada.

sexta-feira, agosto 12, 2005

Os ombros suportam o mundo

Carlos Drummond de Andrade

Chega um tempo em que não se diz mais: Meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: Meu Amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem a porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que
A vida prossegue e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo prefeririam - os delicados - morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

sábado, janeiro 22, 2005

Escrever x Viver

À medida em que se vive, vai ficando cada vez mais difícil escrever.
Devíamos apenas sentir, sem grandes análises. Ouvir, sentir, sem conclusões.
Não há o que se concluir, uma vez que as coisas estão mudando a cada instante.
Retomemos o foco. O centro.
Vale-nos as palavras como repertório, não para justificar o que sentimos.
Sentir é mais rico. Pensar é comprimir sentimento em palavras - os pensamentos têm formato de palavras. E a última etapa do processo é falar. Que é o que há de mais pobre. A sujeira do coador. O que fica depois que água fervente já passou e o café já foi tomado.
Imaginar é fazer esse processo de filtro contrário. É deixar que o amor e a esperança das coisas desçam sem que se perceba e se lamente do pó do café, já seco e sem sabor.
Vamos viver.
Viver, tentar sentir e falar apenas quando for necessário.
Por isso escrever ficou ainda mais difícil. Porque é o que sobra do que já foi falado. É a imaginação. São as conclusões precipitadas. É viver além do que é permitido.
Na dúvida, optei pelo natural. Pelo tempo que for preciso.
Chorar, fazer rir, sorrir, conversar são opcionais. "O mundo é indiferente, porque vivemos no máximo em paralelo" - diria uma transeunte.
Então, deixa a onda quebrar.... os pássaros vão cantar até no asfalto.
A natureza não precisa de palavras. Nós, de vez em quando - com esforço.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Mais ou menos é o que me incomoda

1947 - "Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma em boi. Assim fiquei eu...Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver. Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma". Clarice Lispector

segunda-feira, janeiro 10, 2005

?

"Quando a gente acha que tem todas as respostas
Vem a vida e muda todas as perguntas"
FELIZ 2005!

domingo, novembro 28, 2004

Stairway To Heaven - Led Zeppelin

Page/Plant

Escadaria para o paraíso

Há uma senhora que acredita
Que tudo o que brilha é ouro
E ela está comprando uma escadaria para o paraíso
Quando ela chega lá ela percebe
Se as lojas estiverem todas fechadas
Com uma palavra ela consegue o que veio buscar
E ela está comprando uma escadaria para o céu

Há um cartaz na parede
Mas ela quer ter certeza
Porque você sabe que às vezes as palavras têm duplo sentido
Em uma árvore a beira do riacho
Há um rouxinol que canta
Às vezes todos os nossos esforços são em vão
Isto me faz pensar
Isto me faz pensar

Há algo que sinto
Quando olho para o oeste
E meu espírito chora para partir
Em meus pensamentos tenho visto
Anéis de fumaça atravessando as árvores
E as vozes daqueles que ficam parados olhando
Isto me faz pensar
Isto realmente me faz pensar

E um sussurro avisa que cedo
Se todos entoarmos a canção
O flautista nos levará à razão
And a new day will dawn
E um novo dia irá nascer
Para aqueles que suportarem
E a floresta irá ecoar gargalhadas
Se há um alvoroço em sua horta
Não fique assustada
É apenas limpeza de primavera da rainha de maio

Sim, há dois caminhos que você pode seguir
Mas na longa estrada
Há sempre tempo de mudar o caminho que você segue
E isso me faz pensar
Sua cabeça lateja e não vai parar
Caso você não saiba
O flautista te chama para se juntar a ele
Querida senhora, pode ouvir o vento soprar?

E você sabe
Sua escadaria repousa no vento sussurrante
E enquanto corremos soltos pela estrada
Nossas sombras mais altas que nossas almas
Lá caminha uma senhora que todos conhecemos
Que brilha luz branca e quer mostrar
Como tudo ainda vira ouro
E se você ouvir com atenção
Ao menos a canção irá chegar a você
Quando todos são um e um é o todo

Ser uma rocha e não rolar
E ela está comprando uma escadaria para o paraíso...

quarta-feira, novembro 17, 2004

Quebrando as próprias barreiras

Sobre ciúmes

Tá aí uma questão difícil de ser resolvida.
O cotidiano é cheio de homens e mulheres.
Homens e mulheres bonitos, ou inteligentes, ou interessantes e interessados.
Atraentes ou não, por carência ou por falha de caráter, ninguém está imune.
Ainda que pensantes, há aqueles que deixam prevalecer o instinto selvagem sobre a razão e a coerência para estarem à beira do ridículo.

Toda pessoa tem um ciclo de possibilidades.
Há muita gente avulsa, à toa, à espera, à caça e à espreita.
Nada pode ser feito.

Porém, todo casal tem a sua história. Que começa pelo mesmo impulso ou estímulo pelo qual o ciúme nasce.
Eles vão moldadando a cada dia, o origami da convivência: as palavras que serão ditas, as que serão caladas,
a forma como falar de coisas intensas ou supérfluas, a liberdade de se expor, de fazer tudo ou nada juntos. A necessidade de atenção. De suprir carências, os abraços nas horas difíceis, de doenças, de perdas, de desesperos.

Então, como deixar com que apenas um estímulo - quase sempre imaginário- acabe com tudo o que foi construído?
Ou...
Como se deixar ser atraído por um estímulo rápido - dos machos e das fêmeas no cio - se somos seres pensantes, inteligentes e sensíveis?

"Quem sente ciúmes não se respeita", diria um amigo. Porque o ciumento sente-se o último Ser interessante do planeta.
E quem não sente culpa por causar ciúmes, não pode entender muito do que está sendo vivido também.

O verdadeiro amor é incondicional. Mas não é passivo.
São necessárias interferências para que juntas, as pessoas se moldem e se transformem.


Sobre traição
Quem trai é quem perde. Sempre volto nessa idéia.
Ninguém tem a obrigação de estar com uma pessoa que não é suficiente para si.
Não é honesto consigo, nem com o outro.
Porém, ser traído e fazer vista grossa é ser egoísta.
Porque quem trai não arrisca perder, nem abandona.
Quem trai é fraco.
E quem aceita a traição já desistiu da vida e das coisas essenciais.
O medo da traição não deve ser pelas outras pessoas e seus comentários, e sim, pela descoberta que o tempo todo se relacionou sozinho sem se dar conta do que a outra pessoa fazia e sentia. Como na música do Peninha aí embaixo: aonde estava a outra pessoa enquanto ele sentia tudo isso? Cadê a interação da coisa? Ele não estava a vendo, ele é apenas um egocêntrico com dor-de-cotovelo.
Amor tem que estar em sintonia. E por mais difícil que seja, só através do risco diário e da liberdade confiada é que ele sobrevive.

terça-feira, novembro 16, 2004

Matando os Ídolos

Pensei q essa música era do Moska... Já ia chegar chutando o balde, mas é do Peninha-rs
Tô procurando outra como argumento da morte do meu ídolo.
Um minuto...

Sonhos

Peninha

Tudo era apenas uma brincadeira
E foi crescendo, crescendo, me absorvendo
De repente eu me vi assim
Completamente seu
Vi a minha força amarrada no seu passo
Sem você não há caminho
Eu nem me acho
Eu vi um grande amor gritar dentro de mim
Como eu sonhei um dia
Quando o meu mundo era mais mundo
E todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha
Mais pureza, carinho,
Calma e alegria
No meu jeito de me dar
Quando a minha voz se fez mais forte, mais sentida
A poesia fez folia em minha vida
Você veio me falar
Dessa paixão inesperada
Por outra pessoa
Mas não tem revolta, não
Só quero que você se encontre
Saudade até que é bom
Melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom
Que eu tenho em mim
Não tem desespero não
Você me ensinou milhões de coisas
Tenho um sonho em minhas mãos
E amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz

sábado, novembro 13, 2004

Viva os Porcos!

Há uma espécie de ritual no Brasil, quando o assunto é cerveja.
Deixar os filhos bebês, as esposas, os maridos, os pais doentes,os cachorros com fome fazem parte da cerimônia. Na escala de prioridades, é a loira em primeiro lugar!
Sentar-se em uma mesa de boteco é o que há de mais importante nas noites de final de semana. Vida rica não?
A gente gosta de rir da nossa própria desgraça. Porque recomeçar, passar mais tempo com os filhos, plantar sementes não são coisas importantes. São obrigações.
O boteco é o lugar onde você pode sentar e ser porco à vontade: contar piadas, ser preconceituoso, debochar dos que escolhem pela continuidade. Desrespeitar os que trabalham duro e estão na fila do ônibus e que vão chegar no mesmo horário dos que estão no "happy hour", porém, ao invés de comer amendoim, eles estão sonhando com algumas horas de sono a mais entre uma troca de ônibus-metrô-trem-ônibus e mais 35 minutos de caminhada. Desrespeitar sua própria natureza, degradar tudo o que você sempre finge ser. Ali, naquela mesa, você vai ser porco por horas. Vai falar de amenidades, vai rir e se humilhar diante de si mesmo. Vai ver o quanto é egocêntrico, vai jogar fora não só papo, mas a máscara da hipocrisia que carrega durante a semana. Vai deixar os papéis que representa, para ser apenas um porco no meio de outros porcos infelizes.
Da próxima vez, não jogue mais pérolas aos porcos, jogue cerveja.

Penso numa nova interpretação para o bicho de Manuel Bandeira:

O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

quarta-feira, novembro 03, 2004

A lucidez vai passar

Como transformar lucidez em palavras?
Palavras já são sonhos e não combinam com sentimento verdadeiro.
O ser humano é uma máquina limitada e condicionada, as pessoas são todas iguais com as mesmas necessidades em graus diferentes.
Para que levantar todos os dias e fazer as mesmas coisas se nada tem muito sentido mesmo?
O tempo só precisa passar. Bem ou mal ele vai passar. Então por que a pressa?
Dá na mesma fazer ou não fazer, ser ou tentar querer.

Ninguém nasce para o trabalho, para as regras, para "ser feliz".
A gente nasce para ir se distraindo até a velhice ou algo que venha antes dela.
Uma das duas chega primeiro.

Não adianta fugir de cidade, de casa e de vida... elas vão se repetir da mesma forma com uma máscara um pouco diferente. E (pasmem!) quando voltar aos problemas originais ele sempre serão os menos piores.

A nuvenzinha me pegou forte pela manhã....rs...preciso dormir pra passar essa lucidez.
O Mundo é Um Moinho
Cartola

Ainda é cedo, amor
Mal começastes a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Presta atenção, querida,
Embora saiba que estás resolvida
E em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Presta atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó

Muita atenção, querida,
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés

sexta-feira, outubro 22, 2004

28º Dia
Eu quero o meu paiiiiiiiiiiiiiii!!-rs

10 paises, mais de 20 cidades (nao lembro todos os nomes), 5 metropoles, 7 idiomas misturados.
Minha cabeça começou a rodar. Nao aguento mais ver museus, castelos, neve, internet com moeda, cervejas com 10% de teor alcoolico, reciclagem, descargas esquisitas,drogas pra todo lado, olhos e cabelos iguais! Tudo muito organizado, muito auto-suficiente. O ser humano auto-sustentavel-rss

Sinto falta do "neguinho", da Calcanhoto abrindo a porta por meia hora, da cerveja no buteco, dos amigos/irmaos, da sujeira, da bagunca, do riso solto, da liberdade.
Sou da terra da caipinha, do carnaval, da feijoada e das mulheres safadas... fazer o q... eh o preco q se paga para poder ser expontaneo, ter carinho, ter intimidade com as coisas, com o idioma. Poder brincar com as palavras. Contar piadas. Relembrar dos episodios do Chaves com os amigos. Ter cachorro. Ter familia pra brigar. E pra passar o resto da vida tendo o que fazer, da melhor forma.