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domingo, novembro 30, 2003

Deu prá ti
Kleiton e Kleidir

Deu prá ti, baixo astral
Vou prá Porto Alegre, tchau

Quando eu ando assim, meio down
Vou prá Porto e bah, tri legal


Hoje tô numa felicidade de dar vergonha!
Atravessando o Parque Redenção, uma lágrima sem
a menor timidez saltou. Sorria sozinha!
Não sei bem ao certo se meus lábios acompanhavam o sorriso, mas minha alma estava com os dentes todos para fora...
Há algo aqui, que ainda não decobri e que é melhor ser assim: apenas sentido. A cada vez que o atravesso, algo muda... a cor, o cheiro, a sensação.
Bah! Tri bom!-rs
Só quero a vida neste teor, menos não vale a pena.

sábado, novembro 22, 2003

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Se você for tentar, vá até o fim.
Senão, nem comece.

Se você for tentar, vá até o fim.
Isso pode ser perder namoradas,
Esposas, parentes, empregos e
Talvez sua cabeça.

Vá até o fim.
Isso pode ser não comer por 3 ou 4 dias.
Pode ser congelar em um banco de praça.
Pode ser cadeia, pode ser o ridículo
Chacota, isolamento.
Isolamento é a benção.
Todo o resto é um teste na sua resistência
De quanto você realmente quer fazer aquilo.

E você vai fazer independente da rejeição
E das piores dificuldades
E será melhor do que qualquer outra coisa
Que você possa imaginar.

Se você for tentar, vá até o fim.
Não existe outra coisa que vá te fazer sentir isso.
Você estará sozinho com os deuses
E as noites se inflamarão em chamas.

Faça. faça. faça.
Faça.

Até o fim.
Até o fim.
Você guiará sua vida direto
Para o riso perfeito,
É a única boa briga que existe.

C. Bukowski

quinta-feira, novembro 20, 2003

passei o ponto deste blogger...

Despediu-se da pressa e foi ser feliz...

As melhores escolhas dependiam da esperança, daquela mulher, estar viva.
O tempo e as decepções fizeram-na pensar que as boas coisas não existiam,
esquecendo-se do caminho que devia trilhar para que isso começasse a ter
valor real.

Numa manhã, ela acorda e pensa no tempo que estava desperdiçando com
outra pessoa que havia passado, naquele inverno solitário, e que não ficou.
Percebeu que sua história estava incompleta e abandonada.

Arrastou-se até a vírgula que havia deixando no terceiro páragrafo, e pensou que seria necessário chegar ao ponto, antes que ela continuasse a resultar reticências.

Não havia mais espaço naquele monólogo, foi necessário dispensar os atores
daquele palco de transforções invisíveis. Era preciso fazer a arte enquanto o público estava distraído.

Viu o que era comum nas pessoas - os vícios, as fugas, os exageros, auto-destruições - quilos, filhos, alianças e livros mesclados ao desespero mútuo.

Desesperados vaidosos que comprometiam a vida colegiada.

E aquilo tudo por amores que não deram certo? -ela se perguntava.
Valeria a pena? - ela não entendia.

Perdiam os caminhos por causa de outros caminhos atravessados, nas bifurcações eram definidas as felicidades e as infelicidades absolutas.

Sentir os dois extremos naquela manhã, seria um presente para ela.
Seria o sinal que precisava para saber se tudo estava funcionando
normalmente, suportando a tristeza até seu último corte e se preparando
para um começo de coisas que não quis descrever, por não existir ainda
os verbos e definições sensorias suficientes para algo aproximado do que
sentia.

Era pertubador vê-la pelas ruas, sozinha e completa. Participando da
solidão coletiva dependente.

Não dependia de humor para regar todos os dias aquela pequena árvore
que lhe agradecia com flores avermelhadas na primavera e dava-lhe lições depois que o ontono a ajudava com as superfluidades nas quais se agarrara
por três estações.

E tudo o que passava era assim... As três estações sempre eram necessárias, para que devorasse o fruto e não arrancasse a flor.

quarta-feira, novembro 19, 2003

A menina que vendia estrelas no farol

Pela manhã, Nina abordou-me sem saber o valor que isso iria trazer a minha existência. No auge de seus 14 anos, o brilho nos olhos, aquela ânsia em viver era contagiante.
- "Bommm dia. Está tudo ótimo tenho certeza." - e sorriu.
E no meio de balas, fotos de bebês precisando de ajuda e scooby-doos infláveis, Nina ofereceu-me estrelas feitas de plástico neon.
Por alguns instantes, cheguei a pensar que era uma espécie de delírio, mas sim! ela trazia kits de luas cheias (plásticos cortados em círculo) misturadas a estrelas.

Falou-me sobre a utilidades delas, que poderiam ser coladas no teto de meu quarto à noite.

Sem pensar, colei as luas na parte de dentro do carro e consegui abstrair aquelas "luas cheias", aquele brilho no olhar às 09 da manhã.

E mais um dia se passou... resolvi então colar uma das estrelas da Nina no monitor do micro, para resgatar a pureza daquela manhã.

Arrastando a tarde, enfim começa a escurecer. Nina já está distante.
A música tomava conta de mim... e na volta pra casa, vi que as estrelas
estavam opacas, escuras.
E antes de começar a me lamentar, pensei: "as verdadeiras estrelas não brilham, quando o brilho vem à tona, elas já se foram".

domingo, novembro 16, 2003

A vida escolhe a dedo os que devem se desgraçar pela paixão.
Os escolhidos desenvolvem este sentimento ao longo do tempo.
Pausas para fôlego na transição dos objetos.
E só era preciso saber receber...
Isso bastaria a eles.
Vão surtando, sonhando, fingindo.
Enquanto só seria necessário arrastar sorrisos e obrigados.


Ela resolve desenterrar seus defuntos... Destripando-os um a um.
Como quem arranca uma artéria cheia de teias construídas de tempo
e desilusões.
O cinema a desconfigura... sai transformada daquela sala onde foi feliz
ao lado de amigos imortais.
Aquela sexta não foi mais uma de suas fugas... foi a prova de que o tempo
revela os amores reais, as pessoas que gastaram seus tempos por ela
e as quais hoje por elas daria a sua vida, seu espírito e os vestígios de
sua esperança.

E foi preciso passar tantos, para saber que o tesouro estava ali.... e que
a verdade era tão simples para que lhe roubasse crédito.

Os personagens amarrados... Salvos pela prisão, mista de remorso e
piedade... amor?

E furou seus olhos, porque a beleza só viria através da lembrança.

O tempo parou...

O orgulho se foi, sobraram as pétalas.

sábado, novembro 08, 2003

POR NÃO ESTAREM DISTRAÍDOS

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

Clarice Lispector


sexta-feira, novembro 07, 2003

Não quero estar na pele daqueles que acreditaram ser parâmetro o que era essecialmente ímpar...


E fica sempre um cheiro, uma palavra.... (nossa, hoje estou impossível-rs)

Esses pequenos fragmentos de sentimento, de amor e de engano-esperança nos aparecem nas noites de frio, desconexos, com sentido. E daí tudo recomeça, tudo volta a ser zero e não mais cinco negativos.

Não me ligue querido, se não tiver certeza do pacto de sangue, é melhor esperar pelo tédio e pela nostalgia da felicidade que se enrustiu.

As sextas feiras têm sido duras neste ano...
Agonizo cada vez que penso que enquanto bebo e simulo sorrisos é mais um tempo perdido de estar com os pés molhados de mar, uma garrafa de champagne nas mãos e sorrindo com a alma ao lado de uma pessoa que soubesse o que ainda vale a pena nesta vida.

Fiquei sabendo nesta semana que dois casais de amigos meus terminaram.
O estranho é que os conheci juntos, então fica difícil saber como as coisas
são individualmente.
Tenho contato em ambos os casos, com as mulheres. Dá-me curiosidade em saber como os homens estão. Tudo era muito certo.
O casal que conheço há mais tempo era meu símbolo de relacionamento. O apartamento deles era único. Todos os detalhes foram criados - desde as cadeiras às bicicletas penduradas do meio da sala - e isso dilacera minha esperança, vejo-os avulsos e isso dói.

É como se uma certeza tapeasse-nos a cara: somos destinados à solidão, vivendo intensamente ou de forma moderada o rumo é sempre o mesmo.

quarta-feira, novembro 05, 2003

O Pequeno Princípe, Cap. 21 (Antoine de Saint-Exupèry, 1900-1944)

E foi então que apareceu a raposa:
- Boa dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
[...]
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

terça-feira, novembro 04, 2003

Acá jo estoi más una noche. Nunca mi puerde ser feliz...
Apertando esse botão de Enviar/ Receber a cada meio minuto. Pra q isso?!!
Num sei mais o q fazer com essa ansiedade! Não consigo mudar isso!
Esses silêncios matam-me aos poucos, num dá pra viver desse jeito...
PQP* qual a dificuldade das pessoas em dar-nos um feedback???
Bastaria um Re: , mesmo que em branco no campo assunto, para que
eu fizesse minhas malas, pedisse exoneração e fosse viver tudo o que me
fosse possível, sem poupar sacrifícios.
O único detalhe é que este Re: nunca me acontece... Estou sempre no Fwd:
E acaba que neste Fwd: sou deletada antes de ser lida.
E quando invento, transformo ou escondo-me numa máscara de novidade, o
resultado acaba sendo o mesmo: no máximo um fwd: !!
E quando não me manifesto, sou trocada por qualquer tipo de piada.
Resolvo então aparecer de Cco: , resultado Ccolento!
As coisas hoje em dia, andam muito mais Express do que Outlook.