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domingo, novembro 16, 2003

Ela resolve desenterrar seus defuntos... Destripando-os um a um.
Como quem arranca uma artéria cheia de teias construídas de tempo
e desilusões.
O cinema a desconfigura... sai transformada daquela sala onde foi feliz
ao lado de amigos imortais.
Aquela sexta não foi mais uma de suas fugas... foi a prova de que o tempo
revela os amores reais, as pessoas que gastaram seus tempos por ela
e as quais hoje por elas daria a sua vida, seu espírito e os vestígios de
sua esperança.

E foi preciso passar tantos, para saber que o tesouro estava ali.... e que
a verdade era tão simples para que lhe roubasse crédito.

Os personagens amarrados... Salvos pela prisão, mista de remorso e
piedade... amor?

E furou seus olhos, porque a beleza só viria através da lembrança.

O tempo parou...

O orgulho se foi, sobraram as pétalas.

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