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domingo, maio 09, 2004

Sobre Família...

Esse parece ser o vínculo mais problemático da maioria das pessoas. No espiritismo eles até costumam dizer que são pessoas que reencarnam para resolver coisas fortes quem não conseguiram em outras vidas. Geralmente foram inimigos, traidores, tiranos e hoje têm a chance de evoluir e se perdoarem. O dia-a-dia é visto como um exercício de tolerância.
Já no budismo a coisa parece ser mais light, o amor já é incondicional. É o amor que não pede correspondência, que deixa fluir como um rio. Que não importa o quanto a pessoa é ruim, vc vai amá-la sem julgamentos. E vai agir conforme sua consciência.

A família só tem o amor presente por causa da convivência que é mantida.
Passei a pensar que o amor é como balões com neon que estão soltos pelo ar. É necessário que no mínimo duas pessoas estejam dispostas a estourá-los com a barriga, num abraço forte, como nas gincanas infantis.
Esses balões de amor circulam... por isso é necessário estar perto, conviver com os parceiros da gincana.
Render-se às chantagens da família e da velhice é como se entregar às paixões daquelas mesquinhas, pegajosas.
Não concordo que se deva estar presente incondicionalmente. Porque fazer isso é passar a mão na cabeça e consequentemente enfraquecer aos pais, aos filhos.
O respeito não é só passivo. Ele deve agir sem piedade quando for necessário um afastamento forçado para que algumas sementes sejam plantadas no solo do sentimento verdadeiro.
Amar é pensar só no outro. E ser amado é deixar livre para ser escolhido e lembrado.
Num dá pra forçar o amor por osmose. Ele não consegue vir assim, em estado bruto.
O amor é a paixão e a compaixão filtrados.
É preciso ter sobrando para compartilhar, estar sereno para enxergar o outro. Antes disso, tudo parece auto-afirmação, recalque, reconhecimento.

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