Seguidores

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Estremeço

Porque o amor é arrepiante
E nesta incerteza materializada
Sinto-me pura

A doçura do amor
Cai como uma lágrima sutil
E faz-me rir desta mentira
Que o mundo representa

Uma incerteza que me consola
Devolve-me a capacidade de acreditar
Na hortênsia que se abre
Numa manhã triste de ares alpinos

Entre o delírio, o incosciente
E a dureza do real
Parece-te imutável
Como fios de algodão no nariz
Espumas sobre os ombros
Como uma verdade que fere
E faz-me sorrir como criança

Mesmo diante da felicidade utópica
Mesmo q chova lá fora
Permaneço em estilhaços:
Migalhas do provável destino

Um universo se abre
Em meio à amargura, ao medo
E à vontade de correr nua
Como um anjo que perdeu as asas
Por falta de carinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário